Projeto de Rede - Parte 1
Projeto de Rede - Parte 2
Projeto de Rede - Parte 3
O que é um projeto de redes de computadores?
Um projeto de redes de computadores é um estudo (ou planejamento) detalhado, destinado a implantação de uma rede de computadores que possa satisfazer as necessidades de alguém (pessoa física ou jurídica), sendo o compartilhamento de informações e recursos o objetivo mais comum.
Dependendo da natureza do projeto, ele deverá atender não só as expectativas do presente, mas também estar adequado para as mudanças no futuro, isto é, ser “modular” de forma a permitir o crescimento da rede, conforme o surgimento de novas necessidades, sem prejudicar o atual estado de sua funcionalidade.
São vários os detalhes envolvidos em um projeto de redes de computadores. Para se ter uma idéia, podemos destacar alguns exemplos:
- Coleta de informações: Deverá ser feita de acordo com os requisitos do cliente;
- Projeto lógico da rede: É o planejamento de todos os detalhes da rede que será implantada e utilizada. Exemplo: topologia da rede (estrutura), esquema de endereçamento, protocolos (regras padronizadas), softwares a serem utilizados, segurança e gerência;
- Projeto físico da rede: É a seleção de tecnologias e dispositivos a serem usados. Exemplo: placas de rede, cabos, hubs, switches, roteadores, computadores, impressoras, etc;
- Testes e análise do projeto (considerando imprevistos);
- Realização de ajustes/melhorias no projeto;
- Custo do projeto (de modo a atender o melhor custo-benefício);
- Documentação do projeto;
- Treinamento de pessoal.
OBS: O projeto deve seguir o “Sistema de Cabeamento Estruturado” que é a padronização do cabeamento, envolvendo normas técnicas, de modo a facilitar o uso e manutenção da rede com seus meios de transmissão integrados (voz, dados, multimídia, etc).
Para melhor visualização desse conceito, segue um exemplo sintético de um pequeno projeto, destinado ao mercado “SOHO (Small Office / Home Office – Pequeno Escritório / Escritório Doméstico)”, realizado em 2005.
Neste exemplo, começaremos expondo o objetivo do projeto, denominado “Projeto SOHO 2005″, de minha autoria:
Objetivo: Atender a um escritório de advocacia que passou por um processo de expansão, onde houve a necessidade de informatização e interligação de uma matriz e uma filial através da Internet.
O escritório, que antes contava com apenas a matriz composta por 2 advogados, 1 assistente e 1 secretária e possuía apenas 3 computadores com 2 impressoras deskjet e um único acesso à Internet, via linha discada (56 Kbps), passou a ser composto por uma matriz e uma filial.
Com o processo de expansão, houve, também, a necessidade de contratação de pessoal e o deslocamento de um dos advogados para filial.
Sendo assim, a matriz passou a ser composta por 1 advogado, 1 assistente, 1 operador de computador/webmaster e 1 secretária. Os equipamentos utilizados serão vistos mais adiante. A filial foi composta por 1 advogado, 2 assistentes, 1 secretária e 1 office-boy.
Os advogados solicitaram um projeto que atendesse às necessidades da empresa, de forma a ter a melhor relação custo-benefício possível. Foi informado ainda que não seria possível realização de obras como por exemplo, quebrar paredes para passagem de eletrodutos.
O escritório matriz fica localizado na “cidade X” e a filial no centro financeiro da “cidade Y”. Com base nessas informações, foi apresentada a proposta para a implantação do “Projeto SOHO 2005″, conforme adiante.
Justificativa para o “Projeto SOHO 2005″: Com base em um levantamento feito pelo SEBRAE (www.sebrae.com.br), descobrimos que juntas, as micro e pequenas empresas, respondem por cerca de 99% do mercado de empresas formais no Brasil.
Situação da Empresa
Situação da empresa “antes” da implantação do projeto:
Apenas a matriz: 2 Advogados, 1 Assistente e 1 Secretária.
Equipamentos: 3 computadores, 1 acesso à Internet via modem 56 Kbps e 2 impressoras deskjet.
Situação da empresa “após” a implantação do projeto:
Matriz: 1 Advogado, 1 Assistente, 1 Secretária e 1 Operador/WebMaster.
Filial: 1 Advogado, 2 Assistentes, 1 Secretária e 1 Office-Boy.
Equipamentos: Ver mais adiante.
Visualização do processo de expansão do escritório:
Abaixo, podemos observar a matriz, instalada em uma casa na “cidade X” e a sua filial, localizada no 8º andar de um prédio no centro financeiro da “cidade Y”.
OBS: A nuvem: é a representação da Internet porque simboliza a “visão obscura (desconhecida)” de uma pessoa leiga no assunto. O raio é a representação de uma “conexão (link)” entre um ponto e outro. Favor não confundir com “chuvas, relâmpagos e trovoadas…”


Figura 128: Processo de Expansão – Matriz e Filial
Planta Baixa
Apresentação da planta baixa:
A planta baixa é fundamental para que possamos ter a base correta para a realização do projeto, no que diz respeito a disposição física dos equipamentos. A área “hachuriada” representa o espaço reservado para alguns móveis e o tracejado em azul representa o cabeamento de rede utilizado, embutido em “canaletas” presas na parede.

Figura 129: Planta Baixa da Matriz.

Figura 130: Planta Baixa da Filial.
Distribuição de Cabos
Esquemático da distribuição horizontal de cabos:
Esse esquemático representa o cálculo da metragem de cabos necessária por andar. Existe, também, o esquemático da distribuição vertical de cabos. Não será exemplificado aqui porque, neste caso, não foi necessário, uma vez que o projeto atendeu apenas a um andar.
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Figura 131: Esquemático Horizontal de Cabos.
Canaletas
Canaletas Aparentes:
As canaletas aparentes são a solução ideal para ambientes onde a mudança de layout ocorre com freqüência, quando não é possível quebrar paredes ou não se quer ter gastos com a realização de obras. As canaletas de alumínio são as mais indicadas, pois possuem maior proteção contra interferências eletromagnéticas.
CGI.br recomenda nova política anti-spam para o Brasil
Com o objetivo de reduzir sensivelmente o envio de spams por meio das redes brasileiras, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) anuncia recomendações para a adoção de boas práticas anti-spam para o país. Conhecida como “gerência de Porta 25”, a iniciativa envolverá operadoras de serviços de banda larga, com perfil residencial, e provedores de acesso à Internet.
A prática, que consiste em diferenciar a submissão de uma mensagem por um usuário final daquela enviada por um servidor de correio, já é adotada por diversos provedores e operadoras em todo o mundo, e sua eficácia tem sido acompanhada pelo Comitê desde 2005. “Temos constatado um resultado bastante satisfatório nessas nações”, comenta Henrique Faulhaber, conselheiro do CGI.br e coordenador da Comissão de Trabalho Anti-Spam (CT-Spam).
Ainda de acordo com Henrique, a medida reduziria o tipo de abuso que mais ocorre no Brasil: “os spammers de diversos países utilizam a infraestrutura das redes brasileiras para retransmitirem esse tipo de mensagem globalmente. Ao adotar esta recomendação, as operadoras atuarão antes do spam entrar na infraestrutura de e-mail, impedindo que aqueles que saem de máquinas infectadas sejam entregues, reduzindo o desperdício de banda e recursos operacionais, além de facilitar a restrição de abusos”, explica.
Ação conjunta
As recomendações feitas aos provedores de serviços de e-mail incluem a implantação de mecanismos de submissão e autenticação de mensagens. Já para as operadoras, o objetivo é que, em redes de usuários finais de caráter residencial, seja efetuada a restrição ao tráfego com destino à porta 25. “Essas práticas possibilitarão melhorias nos serviços oferecidos aos internautas, reduzindo o abuso de seus computadores e o desperdício de banda”, enfatiza Faulhaber.
Motivação
Segundo resultados da primeira fase do projeto SpamPots, iniciativa desenvolvida pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), verificou-se que as redes brasileiras são difusoras e não são originadoras de grande parte do spam enviado. Foram utilizadas para as medições máquinas conectadas via banda larga e configuradas para apenas emular determinados sistemas operacionais e serviços, permitindo o mapeamento do abuso das redes para envio de spams, bem como o diagnóstico de formas de prevenção efetivas.
De acordo com Cristine Hoepers, analista de Segurança do CERT.br: “Outros dados levantados apontam que 99,9% dos spams que seriam enviados por meio desses sensores vieram de fora do Brasil, sendo que pelo menos 94% seriam destinados a outros países, indicando que nossas redes atuam como difusoras de spams e que suas infraestruturas são abusadas por spammers internacionais”, conclui.
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